Pode-se considerar que o primeiro filme de terror da história é datado de 1896 e chamava-se "Le Manoir du Diable", de Georges Melies. Em 1910 surge a primeira película sobre Frankenstein, uma realização de Edison que viria a ter percursores em 1915 (Life Without a Soul) e em 1916 (Homunculos).

Apesar destas películas, o género ainda não se tinha afirmado e coube a um alemão as principais obras de Horror da época. Robert Wiene foi sem dúvida um dos maiores impulsionadores do género e uma das figuras máximas do expressionismo alemão. Em 1913 apresentou o filme “Student of Prague” baseado na lenda do Drº. Fausto, um homem que vende a sua alma ao Diabo com vista a ter saúde e mulheres. Em 1919 surge talvez o 1º grande filme de Terror que ainda hoje conquista críticos e público. "O Gabinete do Dr. Caligari" apresenta um sádico médico que hipnotiza um homem de forma a matar uma série de indivíduos. É invocado o sonambulismo e o riso maléfico do Dr. Caligari assustou multidões.

Em 1922 surge o primeiro filme genuíno de vampiros. Com realização de F.W. Murnau, nasce “Nosferatu" que, apesar de estar deturpado em termos de argumento, não passa de uma adaptação da novela de Bram Strocker: "Drácula".

Le Manoir du Diable, de 1896. Considerado o primeiro filme de terror do mundo.

Como se já não bastasse ter criado a lâmpada, a locomotiva elétrica, o microfone, o fonógrafo e o próprio projetor de cinema, o norte-americano Thomas Edison (1847-1931) também tem o filme de terror em seu rol de invenções: é Frankenstein, produzido por ele em 1910. Rodado em preto-e-branco, mudo e com 16 minutos de duração, o filme era baseado na obra de Mary Shelley, que conta a história de um cientista que reúne retalhos de corpos de defuntos para criar um monstro. Mas a novidade não agradou e muitas salas se recusaram a exibi-lo, tanto que acabou caindo no esquecimento. Frankenstein pode ter sido o primeiro cronologicamente, mas o primeiro filme de terror que realmente estabeleceu uma fórmula para o gênero foi “O Gabinete do Doutor Caligari”, de 1919.A obra marcou o início do expressionismo alemão e deu o tom com seus efeitos de luz, cenografia e estilo de interpretação.